Posts Tagged ‘centro histórico’

Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão

setembro 15, 2009

O Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão é o mais novo da cidade, inaugurado em agosto de 2008; o museu ocupa o espaço da antiga rodoviária da Ribeira.

O Djalma Maranhão é voltado à exposição dos trabalhos produzidos pela cultura popular e tradicional do Rio Grande do Norte. É um pouco o retrato do povo e da cultura potiguar.

Os trabalhos manuais ocupam uma galeria de exibições permanentes de aproximadamente 350 metros quadrados, com  uma gama variada de telas, artesanatos e peças de artistas das mais diversas regiões do estado, como mamulengos, trabalhos em madeira e esculturas em cerâmica ou granito. Há também um ambiente reservado para exposições temporárias, que dá  oportunidade para que outros artistas divulguem seus trabalhos. E ainda um auditório com capacidade para abrigar 46 pessoas, voltado a eventos e apresentações esporádicos.

E o Museu Djalma Maranhão, além de preservar e difundir a cultura e a arte do Estado, inova ao unir as formas virtual e tradicional de exposição: 200 horas de conteúdo virtual dividem espaço com o acervo materializado, com mais de mil peças.

Textos explicativos e informativos orientam o visitante em cada galeria. No espaço destinado aos autos e danças da tradição popular folclórica, por exemplo, o turista pode aprender que o Rio Grande do Norte é o único estado brasileiro a preservar os quatro grandes autos populares: o boi de reis, o fandango, a chegança e o congo.

Outras formas do fazer cultura popular, como a literatura de cordel, os bonecos de mamulengos, esculturas e tradições religiosas, também podem ser conferidos em espaços próprios, ainda com ajuda de textos contidos em totens espalhados pelas galerias.

Apesar de todo esse rico acervo, a visitação ao Museu ainda está abaixo da esperada; a maior frequência compõe-se de alunos da rede pública de ensino e universitários. Segundo o monitor do museu, Allan Emannoel, as visitas de moradores da cidade e de turistas são esporádicas. Em um ano de visitação, o museu recebeu apenas 12,5 mil pessoas – cerca de 1,3 mil pessoas ao mês.

Fica a sugestão para quem quer conhecer um pouco do rico patrimônio cultural potiguar em ambiente tranquilo e sem atropelos.

Local: Praça Augusto Severo, na Ribeira. Essa agradável praça por si só valeria um passeio; ela está rodeada de diversos edifícios históricos, como o antigo prédio da OAB, o colégio Salesiano e o Teatro Alberto Maranhão; da Praça, pode-se caminhar a outros pontos de visitação, como o centro histórico e as igrejas de Natal.

Horário: Terça à Sexta-feira, das 9h às 17h; sábados, domingos e feriados das 10h às 17h

Entrada: Gratuita

Bairros de Natal

setembro 11, 2009

Para brasileiros de outros Estados, provavelmente o bairro mais conhecido de Natal é Ponta Negra, onde fica localizada a praia de mesmo nome (e também o Morro do Careca); a praia de Ponta Negra é a região de orla do bairro de Ponta Negra – os Altos de Ponta Negra é uma área do bairro que se localiza colina acima.

bairros de Natal - mapa

Saindo de Ponta Negra, há dois caminhos. Um deles é o que margeia a Via Costeira; como não há nada nessa via além de alguns hotéis e o Parque das Dunas, sequer se considerou isso um bairro (não há ruas transversais à via Costeira).

Saindo de Ponta Negra pela outra borda do Parque das Dunas, o primeiro bairro é Capim Macio (o Praia Shopping localiza-se aproximadamente na divisa entre Ponta Negra e Capim Macio). Capim Macio é o bairro onde se paga o IPTU mais caro de Natal; o bairro tem baixa densidade de construções verticais, por que a infra-estrutura (esgotos, ruas, etc) era precária até há pouco, e por isso a legislação impedia a expansão vertical. Recentemente, contudo, o bairro vem sendo tomado por construções de alto padrão.

Seguindo adiante, o próximo bairro é Cidade Jardim, onde se encontra o shopping de mesmo nome, já à beira da BR-101. Seguindo pela BR em direção oposta à cidade, passa-se pelo bairro de Neópolis e daí para aeroporto, já na cidade vizinha de Parnamirim.

Seguindo pela BR em direção ao centro, tem-se um conglomerado formado pelos bairros de Lagoa Nova, Candelária e Nova Descoberta; chamo a isso conglomerado porque as separações entre eles não são bem definidas, e porque o padrão de urbanização, construções, serviços, etc é semelhante em toda a área. Esse conglomerado abriga o Natal Shopping, o Centro Administrativo do Governo do RN (onde trabalham a Governadora e os principais secretários), o estádio Machadão (nas redondezas do qual ocorre o Carnatal), a UFRN, etc.

Seguindo em diante, chega-se a outro conglomerado, dessa vez composto pelos bairros de Barro Vermelho, Petrópolis e Tirol. É nesses bairros que a classe rica tradicional de Natal vive. Nessa área, existe a maior concentração de serviços (médicos, hospitais, advogados, arquitetos), lojas de grife e apartamentos de alto padrão de Natal; vários dos melhores restaurantes de Natal estão localizados nesses bairros. Como não tem muitos atrativos turísticos, esse conglomerado é pouco conhecido por turistas.

O centro antigo de Natal é vizinho ao Tirol, e é também chamado de cidade alta – pois todos esses bairros são localizados o topo de uma colina, originalmente uma duna. O centro de Natal é eminentemente comercial, com lojas e serviços populares; há grande fluxo de pessoas – inclusive turistas – durante o dia, mas o local fica deserto à noite.

Muitos pontos turísticos de Natal localizam-se na Cidade Alta, como a praça e a igreja onde a cidade foi fundada, o Memorial Câmara Cascudo (não confundir com o Museu Câmara Cascudo, que fica no Tirol), diversas casas antigas, etc.

Da Cidade Alta ou de Petrópolis, deve-se descer para chegar à praia. Descendo-se de Petrópolis, passa-se pela Ladeira do Sol (provavelmente a mais bela vista de Natal) e chega-se à Praia do Meio.

Descendo-se da Cidade Alta, chega-se primeiro à Ribeira, bairro que tem esse nome porque, até meados do século passado, era tomado por lagos e ribeirões. A Ribeira hoje concentra diversos órgãos públicos (Receita Federal, Procon, etc), alguns locais turísticos e históricos (Teatro Alberto Maranhão, Casa da Ribeira, etc), alguma vida noturna (nos casarões da Avenida Chile); na Ribeira está também o Porto de Natal (muito pouco usado para turismo).

E da Ribeira, chega-se ao Bairro das Rocas (predominantemente classe baixa), e daí até a Praia do Forte (na extremidade da qual se encontra o Forte dos Reis Magos), e daí até a Praia do Meio e dos Artistas.

Daqui, toma-se a Via Costeira, passa-se pela praia de Areia Negra (onde se está erguendo um seleto número de apartamentos de alto luxo) e pelo bairro de Maria Luíza (onde se localiza o Farol, bairro considerado o mais violento de Natal) e chega-se novamente à Ponta Negra, fechando o ciclo. Está feito um tour pelos bairros de Natal.