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Natal luta contra o cartel de postos de gasolina

abril 9, 2011

Eis uma notícia alvissareira: a sociedade de Natal está travando uma civilizada batalha contra o cartel dos postos de gasolina.

O Rio Grande do Norte (mais especificamente a cidade de Mossoró, no oeste do Estado) é o maior produtor de gás e petróleo em terra do Brasil (e graças à refinaria Clara Camarão, o Estado logo será o único a ser autossuficiente em todos os derivados de petróleo).

Apesar disso, os natalenses pagam um dos preços de combustível para automóveis (englobando gasolina, álcool e gás) mais altos do Brasil. Nesse início de abril de 2011, em muitos postos os preços da gasolina foram reajustados para R$ 2,99 o litro; nessa mesma época, na vizinha João Pessoa, os preços giravam ao redor de R$ 2,50; no Recife, o aumento para R$ 2,70 também causava protestos.

Mas não é o preço em si que causa mais revolta entre a população. O maior motivo de indignação é que os preços sobem no mesmo dia, e pelos mesmos valores; de quando em quando, ocorrem promoções, e os preços também baixam no mesmo dia, e nos mesmos valores (até os décimos de centavos).

Os preços são livres, os postos podem vender até por R$ 100 o litro, se encontrarem comprador. Mas combinar preços é crime, tipificado em várias leis como prática de cartel. Caberia ao Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciar a prática de crimes, mas aparentemente ele tem outras coisas com que se preocupar.

Cansada de esperar,  a população resolveu reagir. Uma página no twitter, que divulgava preços por toda a cidade, foi o estopim; diversas iniciativas de boicote aos postos de gasolina pipocaram (não abastecer em nenhum posto da BR, ou não abastecer nos postos das principais avenidas – Roberto Freire, Prudente de Morais e Salgado Filho, justamente as mais frequentadas por turistas); hoje, uma iniciativa democrática e efetiva: para boicotar um posto, ativistas abasteceram um valor mínimo e exigiram o teste de qualidade de combustíveis, reduzindo o movimento do posto.

A sociedade de Natal mostra que quando nem o Governo nem as autoridades se movimentam, o povo tem como se manifestar.

Hotel Thermas – Mossoró

outubro 11, 2009

Na década de 1970, a Petrobrás buscava petróleo na região de Mossoró (hoje, o Rio Grande do Norte é o Estado que mais produz petróleo em terra no Brasil, e Mossoró é a base de operações da Petrobrás no Estado – ver História da Petrobrás no Rio Grande do Norte).

Em alguns dos poços perfurados, encontrou-se não petróleo, e sim águas termais; em vez de fechar e isolar os poços, como é habitual nessa indústria, resolveu-se dar uma exploração comercial a esses poços d’água. Essa foi a origem do Hotel Thermas, inaugurado em 12 de janeiro de 1979; o hotel foi financiado e inicialmente administrado pelo Governo do Estado, que decidiu privatizá-lo nos anos 90.

hotel-thermas

A idéia foi explorar as potencialidades das águas termais, o que traria um grande crescimento econômico para a cidade. Atualmente, o hotel atrai curiosos, turistas e pacientes vêm até Mossoró para se banhar nas 14 piscinas de variadas temperaturas do Thermas.

Recentemente, o hotel foi visitado por empresários que exploram esse segmento de águas termais. Segundo eles, o Thermas tem vantagens em relação a locais turísticos similares, como a proximidade do mar (o Thermas localiza-se a aproximadamente 50 km do litoral; praticamente todas as outras localidades de águas termais do Brasil, como Caldas Novas e Caxambu, são afastadas da costa) e a composição mineral das águas (à base de sódio, potásio, cálcio e magnésio, elementos que trazembenefícios para a saúde).

A água quente provoca dilatação dos vasos sanguíneos e aumenta a circulação. Os exercícios podem ser realizados por qualquer faixa etária e proporcionam uma série de melhorias na qualidade de vida das pessoas. As águas termais contribuem para amenizar diversos problemas de intestino, pele, reumatismo, artrite, artrose, estresse, insônia, coordenação motora, postura e aumenta a capacidade respiratória.

Star Fly voará entre Natal, Mossoró e Fortaleza

setembro 29, 2009

As maiores cidades do Rio Grande do Norte são a capital Natal e Mossoró, no extremo Oeste do Estado; hoje, a única forma de se movimentar entre elas é pela precária BR-304, numa viagem que leva entre quatro e seis horas.

A governadora Wilma de Faria vai assinar amanhã um protocolo de intenções com a empresa cearense Star Fly para a operacionalização de vôos no trecho Mossoró/Natal; segundo comunicado do Governo do Rio Grande do Norte, a participação do Estado nessa operação é “articular a compra das passagens para viabilizar a ponte aérea”.

A previsão é de que o vôo inicial da rota seja realizado tão logo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dê a autorização; o voo será operado em um modelo Bandeirante, turbo-hélice fabricado pela empresa brasileira Embraer (foto abaixo), com capacidade para transportar entre 15 e 21 passageiros (o modelo da Star Fly transportará 19 passageiros e 2 tripulantes).

bandeirante-embraerInicialmente deverá ser oferecido um vôo diário, com saída de Fortaleza pela manhã, passando por Mossoró e terminando em Natal; a volta seria no final da tarde; há a  expectativa de que, posteriormente, sejam operados dois vôos diários.

O valor da tarifa está estimado em R$ 180,00, e a duração do voo será de aproximadamente 40 minutos.

“É importante ressaltar que a participação do Estado, nesta operação, é articular a compra das passagens para viabilizar a ponte aérea”, afirma Segundo de Paula. Ele lembra ainda que a governadora Wilma de Faria, ao assinar o contrato com a Star Fly, atende pleito antigo da população mossoroense, que aguarda o início do serviço com grande ansiedade.

Universidades do Rio Grande do Norte – avaliação

setembro 2, 2009

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) conquistou a segunda melhor colocação entre as universidades federais do Nordeste, abaixo apenas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na avaliação do Índice Geral de Cursos (IGC), publicado pelo MEC (ver a lista completa da avaliação do ensino superior do Brasil).

A UFRN obteve nota 4 (escala de 1 a 5) e uma média de 333 pontos (escala de 0 a 500). A segunda universidade do Estado foi a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Efersa), que conseguiu a nota 3 com 282 pontos, e a terceira foi a Uern também com um índice de 3 para 246 pontos. O Instituto Federal do Rio Grance do Norte (IFRN, antigo CEFET), também insituição pública, alcançou o índice 4 com 366 pontos, atingindo uma das melhores colocações no país.

Dentre as instituições particulares, destaque para a FARN, considerada a melhor faculdade particular do Estado, com 263 pontos, e para a UnP, única Universidade particular do Estado, que registrou 256 pontos.

No Rio Grande do Norte apenas duas instituições ficaram com a nota 2 e por isso estão temporariamente impedidas de abrir novos campi, cursos ou ampliar vagas;  são elas a Faculdade de Ciências Empresariais e Estudos Costeiros de Natal (Facen) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi, ambas em Natal.

O pro-reitor de Planejamento da UFRN, Emanoel Evangelista, comemora os dados do IGC. Para ele, os índices revelam uma trajetória de crescimento consistente que a UFRN vem trilhando nos últimos 15 anos, quando saiu de 10 para 30 mil alunos e até 2012 deve chegar a 45 mil. “A UFRN chega hoje a um patamar de maturidade acadêmica e científica, podendo ser comparada às melhores universidade brasileiras. Crescemos em todas as áreas acadêmicas, no ensino de graduação, pós graduação, pesquisa e extensão. Um crescimento não apenas numérico, mas houve melhoras substanciais na qualidade dos cursos de todas as áreas”, justificou o pro-reitor de Planejamento.

Descredenciamento

Ranking das instituições de ensino superior no Rio Grande do Norte, 2009

1 – UFRN – 333 pontos, conceito 4

2 – Ufersa , em Mossoró – 282 pontos, conceito 3

3 – IFRN , antigo CEFET-RN – 265 pontos, conceito 3

4 – Farn – 263 pontos, conceito 3

5 – UNP – 249 pontos, conceito 3

6 – UERN – 246 pontos, conceito 3

7 – Câmara Cascudo – 237 pontos, conceito 3

8 – Fal – 215 pontos, conceito 3

9 – Facex – 211 pontos, conceito 3